"Veja um pouco do que há em mim, deixe um pouco do há em ti"

Eu tornei a voltar-me e determinei em meu coração saber, inquirir, e buscar a sabedoria e a razão, e conhecer a loucura da impiedade e a doidice dos desvarios. (Ec 7.25)

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bem vindo Ano Novo

É... 2009 chegou ao fim e com ele muito de nós ficou para trás.
Portas foram abertas, outras foram fechadas, uma longa estrada foi percorrida e lutas foram travadas, com muitas vitórias e algumas derrotas. Foi um ano de felicidades, algumas tristezas, mas se me fosse permitido eu o viveria de novo.
2010 será o ano das conquistas. Eu sei que será o meu ano! Nele vou realizar minhas mais grandes aspirações, e sei que nada que meu coração desejar deixará de ser feito. Feliz Ano Novo, a mim, a você, a todos nós!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Nas Fronteiras do Coração

Eu queria transpor barreiras, chegar além do meu vago território pessoal. Escalar montanhas e cruzar vales, navegar em mares tempestuosos. Eu queria caminhar no deserto sentindo o sol abrasador a queimar minhas desilusões, ultrapassar a linha divisória do bom senso e chegar à dimensão onde as pessoas normais costumam trilhar.

Eu só queria ser livre, correr ao vento com os cabelos em desalinho, aprender o canto dos felizes... Queria sair do casulo sufocante que mantém minha consciência emaranhada em mil e uma divagações, entre paredes intransponíveis de ideologias alheias.

Mas eu descobri que sou limitado pelas minhas contradições. Sentimentos obscuros procuram enegrecer meu caminho, enquanto na minha alma uma luz parece “gritar” que não posso desistir.

Existe um muro, que minhas mãos ajudaram a construir, no meio da estrada. Os tijolos me foram lançados como pedras, por pessoas que não acreditaram na minha escalada. Um sentimento não identificado me faz amar, sem saber a que, me faz odiar, sem saber por que. E descubro que sou apenas um homem limitado que, aprisionado pelas convenções sociais, também fui cativo do coração.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Tudo na vida tem um preço a ser pago... Você estaria disposto a pagar um preço alto por uma pessoa insignificante como eu?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Não chega nem a ser conversa de calçada

Bujari, outubro de 2009. A situação está complicada por aqui: é política se metendo em educação, é população prejudicada por brigas partidárias, são funcionários públicos descontentes... O medo ronda as pessoas, impedindo-as de manifestarem uma simples opinião sobre a política local, as autoridades civis parecem não se importar com a opinião pública nem com o bem-estar dos funcionários. Estes trabalham sobre constante pressão, preocupados em descobrir qual será o próximo local de trabalho.
Sabendo desses problemas por moradores do município, resolvi tentar desvendar as desordens. Desloquei-me até Bujari, localizado às margens da BR 364, a 28 quilômetros da capital Rio Branco, para levar um papo com o pessoal.
A insegurança se faz presente no dia a dia dos funcionários. Quando perguntados sobre a situação política do município, se calam, dizendo nada saber, ou falam, com a condição de não terem seus nomes revelados. Segundo uma moradora, esse fato, por si só, revela o quanto a política é influente na cidade. “As pessoas não falam, pois tem medo de serem perseguidas, não falam por que não querem sofrer represálias no emprego. Os políticos aqui mandam e desmandam, e contrarie eles, para ver”, desabafou.
Outra funcionária, que também não quis ser identificada, afirmou que a prefeitura contratou funcionários em excesso (talvez para cumprir promessas eleitorais), distribuindo essas pessoas irregularmente pelos órgãos municipais. Com uma denuncia feita por vereadores do município ao Ministério Público, segundo a qual muitos funcionários estavam trabalhando fora da área de atuação, a prefeitura teve que redefinir seus quadros, trocando muitos trabalhadores de lugar. Isso gerou grande desconforto entre os funcionários.
As escolas do município são as instituições que mais estão sendo lesadas pela situação política. Em uma das escolas de ensino, funcionários contaram que foram tiradas de lá várias pessoas que trabalhavam na limpeza, ficando somente duas profissionais para limparem todas as salas do colégio. O resultado é fácil imaginar: lixo espalhado pelo chão e teias de aranha caindo do teto! Alunos de uma das escolas rurais reclamam da falta de material escolar, inclusive de higiene pessoal. Uma funcionária revelou que muitas vezes o próprio diretor compra produtos de higiene para os alunos.
Tentei falar com o prefeito da cidade e vereadores, mas estavam muito ocupados para “jogar conversa fora”.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A Respeito das sogras

Hoje eu li uma piada muito engraçada sobre as sogras. Mas não vou contar. Eu me propus agora, neste instante, a defender as sogras desse senso de humor que adora fazer piadas, muitas vezes despudoradas, sobre essas matriarcas tão úteis à felicidade geral (eu realmente penso assim!).
Em qualquer roda de pessoas animadas e tagarelas, você pode encontrar alguem contando histórias e piadas que demonstram a alegria contagiante das pessoas. E qual é o assunto preferido dessas conversas bem humoradas? As sogras, é claro!
Não que eu tenha alguma coisa contra. É até legal se divertir um pouco às custas dos outros, não é verdade? Mas claro, se isso não ofender ninguem. O que eu acho é que as sogras precisam de um direito de resposta. Se alguem conta uma piada sobre qualquer assunto trivial, quase ninguem se interessa, mas se o assunto é a "mãe da minha mulher", todo mundo fica de orelha em pé.
Eu quero dar uma idéia pra vocês, sogras difamadas. Criem o Sindicato Brasileiro das Sogras Indignadas. É bem legal ter uma associação, com algumas regras, pra vocês exporem seus direitos e deveres (?). É isso mesmo, não é uma idéia legal?
Unam-se, sogras ofendidas, dêem o troco a esses divertimentos unilaterais de genros! Façam uso do senso de humor feminino, tão famoso por atormentar os homens com ironias e até mesmo com alusões picantes de seu cotidiano!
É isso aí, falei a que vim!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Crise de AMOR

AMOR... Só quem um dia amou sabe o significado dessa palavra que está na boca de todo mundo mas que quase nunca está nos corações. A maioria das pessoas, sejam elas ricas ou pobres, de qualquer lugar do mundo, já perdeu a noção do que é um amor incondicional, um amor que não pede nada em troca, que não sufoca o outro com desconfianças e sentimentos de posse.
O amor verdadeiro, aquele que arrebata, que transforma as pessoas, está em falta. Parece que o mundo esqueceu a fórmula da felicidade (e ela já existiu?) e vive em busca de prazeres nos lugares mais impróprios, passando por cima de tudo e de todos, esquecendo que só esse sentimento tão nobre pode nos levar à felicidade suprema.
É difícil viver sem amar alguem. Todos nascemos para sermos felizes, mas muitos jogam a felicidade pela janela e só muito tarde descobrem que perderam o amor de suas vidas. Todo ser humano tem uma outra metade e uma chance preciosa de ser feliz. Só depende exclusivamente de como ele se porta diante da vida e da sua maneira de olhar os outros.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia dos AMIGOS

Alguem me disse que hoje é o dia dos amigos, aí eu fiquei pensando que é super legal a gente ter um dia todo especial, assim como esse. Tem dia pra tudo que é comemoração: santo isso, santo aquilo, independencia disso, proclamação daquilo, então nada mais justo do que termos um dia só para nós, amigos! Por isso achei que devia dizer algumas palavrinhas pra vocês.
Primeiro: quem declarou que hoje é o dia dos amigos (esse já é meu amigo!) merece um beijo no bochecha.
Segundo: todos vocês, que por um milagre me leem, devem me mandar presentes e lembranças de amizade (há há há...).
Terceiro: esse dia deve se repetir em todos os dias do ano, pois nós somos amigos todos os dias, não somos? Essa do presente é brincadeira. Mas eu quero, mesmo, que vocês tenham sempre nos pensamentos os verdadeiros amigos, para nunca esquecer de desejar a eles todas as bençãos que os céus disponibilizaram para nós! A todos os meus amigos, FELICIDADES!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Menino Homem

Enquanto toda a cidade dorme, o menino sonha acordado. Não com mansões, dinheiro e prestígio, como a maioria dos homens. O sonho do menino é bem mais simples. A noite, bela e assustadora, o leva acima da ganância e do materialismo humano, tirando seus olhos das luzes da cidade para lhe mostrar um outro lugar, onde imperam os sentimentos e emoções que ele nunca pode partilhar. O menino sonha com afeto.
Talvez ele já saiba que dinheiro não compra amor e que na vida tudo é efêmero. As pessoas que encontra no dia a dia estão quase sempre muito ocupadas para lhe dar atenção, todas correndo atráz de algo que parece nunca chegar, todas se transformando em máquinas destituídas de sentimentos. Ele sabe que a maioria das poucas mãos que lhe ajudam não o fazem por bondade, mas por que lhes sobram. Sabe também que muitos poderiam dar-lhe uma vida digna, mas a sede insaciável de ouro lhes fecharam os corações para o amor. O menino já sabe de tudo isso e apenas sonha.
Sonha com o amor que nunca lhe foi dado, sonha com um carinho materno, com um abraço amigo, ou mesmo com um simples afago nos cabelos. O menino sonha com um lar, por que casa ele já tem, e muito grande: a rua, a cidade que, o ignora. Sendo por todos rejeitado, deslocado do seu grupo, ele não sabe o porquê de tantas diferenças num mesmo mundo. Um mundo que parece não ser o seu, pois não muito longe dali, no aconchego de uma cama macia e nos braços de alguem que ama, estão pessoas que já nasceram "donas do mundo".
Agora o menino precisa virar homem. O difícil é ser homem de bem, quando lhes foram tiradas as oportunidades. Mas duas opções são postas diante de si, cuja escolha, se correta, falo-á grande. Ele pode decidir nunca desistir dos seus sonhos e lutar por um lugar que sempre foi seu por direito, ou pode ainda entrar para o mundo negro daqueles que fazem justiça com as próprias mãos. É a encruzilhada do menino/homem, que não é "apenas um", mas milhões que sonham pelas ruas das cidades.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Complexidade

Dedico este texto a uma pessoa maravilhosa que entrou na minha vida: Paloma Cartaxo!
Eu sei que tudo é relativo, não existe o absoluto! Para mim há uma verdade Que para você pode ser mentira... Confio e acredito no mistério, no obscuro, Enquanto você prefere o real, o palpável. Eis as nossas contradições, nossas diferenças: Somos dois pontos extremos e opostos Que se aproximam e se confundem À medida que nos deixamos conhecer. Tão semelhantes nas nossas diferenças... Eu preciso de sua base sólida, você do meu lado místico E assim nos completamos: Na simplicidade nos tornamos complexos E formamos um novo ser. Um alguém que, sendo mistério, é real ao extremo; Sendo obscuro, não deixa de ser palpável! Somos dois e somos um... Sombras que se cruzam na claridade do dia.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Boba moça

Por Roberta Nunes
Eis que a bela moça, de pulso firme e olhar doce, mais uma vez foi surpreendida sorrateiramente pela falta de caráter humano. Mas a vida é assim mesmo... Cheia de ciladas efêmeras, alegres e tristes. E neste momento a moça encontra-se sem crença... De gente, valores e princípios (acredita somente em DEUS). Será que esse fato se deu porque ela se permitiu viver, ou porque viver não pertence à sua vida? Eis que vários questionamentos, dúvidas e certezas surgem. Mais a única certeza que ela leva no peito, é que seu tenro coração foi devorado pela a vida e por suas armadilhas covardes e dissimuladas. Ah, mas em meio às nuvens escuras e pesadas (de uma água pura, que irá limpar de forma sutil sua alma) está o tempo, fiel companheiro da moça, que traz a ela a certeza de que a dor vai passar, basta acreditar... E acreditar.

Rico vocabulário

Hoje resolvi seguir à risca os conselhos do meu ilustríssimo professor de português, o Sérgio. Ele nos disse (a mim e à turma) que devíamos estudar o dicionário para tornar nosso vocabulário mais rico. Certo, pensei logo depois do almoço, vou começar agora. Abri o livrão e, o que vejo? Lá estava ela, torcendo para que eu a absorvesse: haliêutica. Não é uma palavra chique? Pois é, tão chique que resolvi logo usá-la, pra demonstrar minha vasta cultura.
Minha tia me perguntou:
_Que tal o peixe, gostou?
_Muito pequeno, com um pouquinho de haliêutica eu pegava um melhor.
Minha tia, que esperava um elogiu à comida, quase me devorou com os olhos.
_Que?!
_Se eu soubesse pescar eu pegaria um peixe melhor, respondi fingindo uma cara de intelectual.
Acho que ela saiu pensando que fiquei maluco. Pudera, vá dizer a um pescador que ele pesca com haliêutica, no mínimo ele vai achar que está com uma doênça grave. Mas tudo bem, só pra esclarecer, haliêutica é "a arte da pescaria".
Outra palavra me jogou em mais uma aventura no mundo dicionarídico: profligar. Meu irmão, estudante de Ciências Sociais, chegou em casa e me flagrou metido no dicionário. A princípio pensou pensou que eu procurava alguma palavra, e esperou que concluisse a pesquisa. Como eu demorava (passando página por página), ele, impaciente, me perguntou que raio de pesquisa era aquela.
_Estou estudando, para profligar suas idéias neuróticas, respondi de maneira natural.
_Pró... o que?!
_Profligar, destruir com argumentos, expliquei aparentando inteligencia.
_Definitivamente, meu caro - disse-me ele - estudar não lhe faz bem.
Nossa, fiquei até deprimido. Era uma palavra tão bacana, tão elegante!
Mas tudo bem, depois de ser colocado sob a suspeita de ser maluco, o melhor mesmo é dar um tempo. Abandonei minha pesquisa vocabularesca. O Sérgio que me desculpe.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Abre-te Sésamo!

Que maravilha, que beleza! Hoje amanheceu nublado, prenunciando mais um dia de chuva e preguiça, e mais um dia de alegria e contentamento para mim. Não se engane ao meu respeito, você que por acaso me lê, pois não sou tão esquisito a ponto de sentir prazer só porque o dia amanheceu triste. Minha felicidade tem motivos sublimes. É que hoje eu descobri a caverna de Ali Babá. Verdade! Se não quiser acreditar não acredite, mas é a mais pura verdade.
Estava juntando algumas peças desse quebra-cabeça (na verdade eu estava lendo alguns jornais antigos) quando a lâmpada se acendeu na minha cabeça: é lá, tenho certeza! Fiquei extremamente emocionado com a descoberta de que o livro preferido da minha infância contava uma história verídica. É claro que o escritor errou algumas coisinhas, mas, tudo bem, nos livros é assim mesmo, não é? Se não fosse assim não teria graça...
A gruta é realmente cheia de ouro, mas não é pequena não. Ela compreende uma dimensão tão grande que nós, pessoas normais, não percebemos seu verdadeiro tamanho. Lá não tem tapetes da Pérsia nem especiarias orientais, mas tem uma grande riqueza de gravatas francesas, ternos ingleses e sapatos italianos. É impressionante seu chão de mármore e o número crescente de pessoas que descobriram seu segredo de ingresso. Aliás, aí o escritor errou de novo, porque não são apenas quarenta ladrões que sabem do segredo, mas centenas, milhares deles já trafegam por esse reduto de dinheiro.
Outra coisa interessante e até estranha que eu descobri foi a localização da maravilhosa caverna. Fica bem próxima dos nossos narizes e eu não sabia. Para entrar nela, as famosas palavras mágicas "abre-te sésamo" já perderam a validade. Até mesmo a arquitetura está bem moderna: longe de parecer com uma gruta pré-histórica, ela aparece a céu aberto, e no seu chão brotaram lindos e altíssimos edifícios.
Para chegar lá é um pulo. Ou melhor, um vôo. Aliás, olhando de cima ela se parece mesmo com um avião. Para entrar pra tão famosa quadrilha de ladrões, basta fazer uma boa campanha e pronto, são quatro anos de glória.
Tenho ou não motivos para estar alegre? Uma descoberta dessas no mínimo vai me garantir algum prêmio Nobel. Ou não?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Reflexões da insônia

Agora, nesse exato momento em que você lê essas linhas, alguém astá sendo assassinado, está passando fome, ou vivendo tragédias, sofrimentos e abandono. Muita gente está sentindo a dor de não ser amado e a dor da perda, sentimentos drásticos capazes de destruír a alma e tranformar uma vida num inferno. Quantas pessoas, agora mesmo, não desistiram de lutar e decidiram jogar no "outro lado" suas angústias e desilusões?
Nessa madrugada de insônia, pensando em coisas triviais, essas idéias me ocorrem e eu escrevo. Escrevo pensando nas pessoas que largaram seus sonhos para viverem uma farça, escrevo por aqueles que se despediram da vida num estúpido acidente, ou mesmo por aqueles que não podem falar, aprisionados pelas convenções "anti-sociais" do nosso belo sistema.
Eu me pergunto, diante dos absurdos da vida, se esse mal é irremediável. Confesso que estou um tanto decepcionado com os homens, pois tudo que fazem esconde ganância e egoísmo. E eu estou me incluindo nisso. Sei que, mesmo querendo ser bom, somos por natureza maus e só a muito custo deixamos nosso lado bom atuar.
Penso que todos já tem consciência do mal que podem causar aos semelhantes. Todos, disso eu tenho certeza, de alguma forma já foram pisados ou atingidos pela miséria humana. Muitos se desiludiram e passaram a duvidar de tudo, sendo apáticos e indiferentes com os demais, e deixaram para tráz suas mais nobres aspirações. Outros se refugiam na religião, na esperança de que Deus amenize seus males e lhes garanta um futuro de paz. Alguns resolvem ainda abandonar a vida, numa última e precipitada busca por soluções.
Mas, a despeito de todo o ceticismo que envolve essa realidade, uma minoria ainda não se entregou. São poucas essas pessoas que ainda acreditam no ser humano e no potencial que temos para fazer o bem. Eu, mesmo desapontado, ainda sou otimista o suficiente para dizer ao mundo, em alto e bom som: ACREDITO NUMA REVIRAVOLTA. É por isso que escrevo essas mal traçadas linhas, para convidar você, que por acaso está me lendo, a somar forças com o bem em prol de uma transformação no mundo.
A partir desse instante, não grite mais com seus empregados, fale bem do seu chefe, não corra desesperado atrás de dinheiro, e nunca saia de casa sem antes beijar a familia. Dê um abraço apertado naquele amigo que você nunca parou pra dizer: você é legal! Sorria para quem encontrar na rua, telefone para quem você lembrar dizendo palavras bonitas. Lembre-se que o mau humor é uma doênça grave e transmissível, portanto, quando ele estiver lhe infectando, estique bem a boca, dê um sorriso bem escancarado, e diga para a pessoa mais próxima: EU AMO VOCÊ!!!
PS.: Esse texto foi escrito na madrugada do dia 20, mas só agora eu tive coragem de publicá-lo.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O preço da paz

Hoje parei para refletir sobre a paz, e lembrei de uma manifestação que aconteceu dias atrás no colégio Armando Nogueira (CEAN), contra a violência. Não foi a manifestação que me levou a tal reflexão, mas um ato violento que aconteceu em plena sala de aula, envolvendo um aluno da instituição. Contrariado pelo professor, o menor sacou uma arma e saiu da sala levando o docente como refém. O destino seria a sala de professores do colégio, onde o aluno pretendia vingar-se de dois dos educadores da escola. Não quero e nem vou citar nomes nesse breve texto. Meu objetivo é apenas lembrar que a paz sempre exigiu um preço alto, a ser pago por pessoas de bem, ao longo da nossa conturbada e desastrosa história. Como exemplo basta revermos as páginas vermelhas que foram escritas por aqueles que se opuseram às ditaduras e ousaram sonhar com o futuro, sendo, por isso, massacrados pelo poder esmagador e tirano de algum egoísta que só enxergava o próprio nariz. Quantos não pagaram com a vida os seus sonhos de justiça? Quantos não lutaram pelo bem de seu povo e ganharam, como prêmio, uma corda no pescoço ou uma bala no peito? Quantos ainda precisarão descer à cova em busca da felicidade? Quantos, caro leitor? A vida de um ser humano vale muito mais que interesses individuais e não pode ser dada em troca de uma paz que parece nunca chegar! Vendo hoje as escolas públicas tomadas por violências desse tipo eu me pergunto (e todo o mundo comigo): onde é que vamos parar? Será que algum dia isso vai acabar? Apesar de todos os prognósticos dizerem que não, eu ainda aposto no sim. Otimismo nunca é demais, porém não se pode perder de vista a realidade. Não se deixar calar, ir à luta, empunhar bandeira e sonhar, pode ter um preço alto, mas vale a pena pagar!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Exemplos

Por Joabes Guedes
Diversão e solidariedade. Esse seria um bom tema para as atividades realizadas pelos estudantes do colégio Armando Nogueira (CEAN), no último dia 06 – quarta feira. Em parceria com a Hemoacre, os estudantes fizeram uma verdadeira busca por voluntários que se dispusessem a doar um pouco de si e ajudassem na campanha de doação voluntária de sangue.
Tudo foi num clima de brincadeira. A programação fazia parte de uma gincana promovida pela direção da escola, na qual cada turma devia levar um número maior de doadores, objetivando assim acumular pontos no jogo. Mas nem por isso deixou de ser uma ação humanitária, segundo a opinião dos participantes.
O estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre, Ozéias de Oliveira, que participou da atividade como doador, vê o acontecimento como um estímulo para que as pessoas percebam a importância e necessidade de ajudar alguém. Para ele, além de sensibilizar a comunidade, a ação é um excelente exemplo a ser imitado por outras instituições de ensino: “tem o poder de conscientizar um grande público jovem do valor que atos tão simples tem para as pessoas que precisam. Seria ótimo se outras escolas seguissem o modelo”, conclui.
Para a Hemoacre o programa de doação foi um sucesso. Segundo a enfermeira Sara, do setor de captação do órgão, foram 144 atendimentos, dos quais foram obtidas 62 doações. “Foi além das nossas expectativas”, diz ela, ressaltando que o número é bem significante para apenas um dia de trabalho.
No fim das contas, fica registrada a opinião geral: a sociedade precisa de mais pessoas comprometidas com o bem comum, e precisa de ideias criativas no tocante à maneira de conscientizar seus indivíduos.

Fora da Rotina

Por Joabes Guedes

“Assim caminha a humanidade”, canta alguém nos meus ouvidos. Está bem, só que não precisava ser com passos tão trôpegos, penso enquanto esbarro num transeunte e quase quebro o nariz (ou melhor, quase ele me quebra o nariz). A verdade é que ando com a cabeça nas nuvens. Sim, nas nuvens! Acredite que nesses momentos tenebrosos o melhor lugar para se por a cabeça é mesmo nas nuvens.

Louco? Não, eu não estou louco. Aliás, nunca me senti tão lúcido. Hoje descobri uma maneira de fugir desse ciclo monótono em que me encontro (desde que nasci), e não vou deixar que me trancafiem num hospício sem ao menos ter curtido um dia fora da rotina. É verdade, vivemos caminhando em círculos, fazendo sempre as mesmas coisas, repetindo velhos discursos para agradar alguém, tentando entender e até mesmo mudar o mundo. Queremos ser espelhos, onde os outros olhem e digam: veja, a vida é bela!

Ótimo, até aí tudo bem. O problema é que esquecemos de nós mesmos para viver esse modelo que a sociedade impõe (mas quem disse que eu preciso ser perfeito para ser feliz?). Puxa, eu sou um limitadíssimo ser humano, será que não posso ter o prazer de errar para aprender com minhas próprias experiências?

Eu falei em momentos tenebrosos. Exagero, talvez você diga. Nós passamos no máximo por momentos difíceis, mas tenebrosos? Engano seu, caro leitor, se pensar assim. Passar madrugadas num banco de hospital (às vezes a noite toda), para mesmo assim não ser atendido, não é uma situação desesperadora? Não é triste passar a vida toda ouvindo promessas para ao fim de quatro anos se decepcionar e, ainda assim ser obrigado a escolher mais um, entre muitos canalhas? É justo pagar contas de telefone e viagens ao exterior de toda uma classe milionária, quando nos falta dinheiro até mesmo para comprar o pão de cada manhã?

É por isso que hoje decidi começar o dia fora da rotina. Não vou me descabelar procurando soluções tão difíceis de encontrar. Não me importarei com o que os outros pensem de mim, nem com minha imagem social. Hoje eu quero andar na chuva e fazer tudo que der na telha. Quero me distrair ao ver crianças brincando, sem medo de ser chamado de ridículo. Sabe, eu quero mesmo é andar com a cabeça nas nuvens. Se todos fizessem a mesma coisa, poderia até não ser a solução, mas já seria um bom começo!