"Veja um pouco do que há em mim, deixe um pouco do há em ti"

Eu tornei a voltar-me e determinei em meu coração saber, inquirir, e buscar a sabedoria e a razão, e conhecer a loucura da impiedade e a doidice dos desvarios. (Ec 7.25)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O preço da paz

Hoje parei para refletir sobre a paz, e lembrei de uma manifestação que aconteceu dias atrás no colégio Armando Nogueira (CEAN), contra a violência. Não foi a manifestação que me levou a tal reflexão, mas um ato violento que aconteceu em plena sala de aula, envolvendo um aluno da instituição. Contrariado pelo professor, o menor sacou uma arma e saiu da sala levando o docente como refém. O destino seria a sala de professores do colégio, onde o aluno pretendia vingar-se de dois dos educadores da escola. Não quero e nem vou citar nomes nesse breve texto. Meu objetivo é apenas lembrar que a paz sempre exigiu um preço alto, a ser pago por pessoas de bem, ao longo da nossa conturbada e desastrosa história. Como exemplo basta revermos as páginas vermelhas que foram escritas por aqueles que se opuseram às ditaduras e ousaram sonhar com o futuro, sendo, por isso, massacrados pelo poder esmagador e tirano de algum egoísta que só enxergava o próprio nariz. Quantos não pagaram com a vida os seus sonhos de justiça? Quantos não lutaram pelo bem de seu povo e ganharam, como prêmio, uma corda no pescoço ou uma bala no peito? Quantos ainda precisarão descer à cova em busca da felicidade? Quantos, caro leitor? A vida de um ser humano vale muito mais que interesses individuais e não pode ser dada em troca de uma paz que parece nunca chegar! Vendo hoje as escolas públicas tomadas por violências desse tipo eu me pergunto (e todo o mundo comigo): onde é que vamos parar? Será que algum dia isso vai acabar? Apesar de todos os prognósticos dizerem que não, eu ainda aposto no sim. Otimismo nunca é demais, porém não se pode perder de vista a realidade. Não se deixar calar, ir à luta, empunhar bandeira e sonhar, pode ter um preço alto, mas vale a pena pagar!

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