Eu tornei a voltar-me e determinei em meu coração saber, inquirir, e buscar a sabedoria e a razão, e conhecer a loucura da impiedade e a doidice dos desvarios. (Ec 7.25)
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Bem vindo Ano Novo
domingo, 6 de dezembro de 2009
Nas Fronteiras do Coração
Eu queria transpor barreiras, chegar além do meu vago território pessoal. Escalar montanhas e cruzar vales, navegar em mares tempestuosos. Eu queria caminhar no deserto sentindo o sol abrasador a queimar minhas desilusões, ultrapassar a linha divisória do bom senso e chegar à dimensão onde as pessoas normais costumam trilhar.
Eu só queria ser livre, correr ao vento com os cabelos em desalinho, aprender o canto dos felizes... Queria sair do casulo sufocante que mantém minha consciência emaranhada em mil e uma divagações, entre paredes intransponíveis de ideologias alheias.
Mas eu descobri que sou limitado pelas minhas contradições. Sentimentos obscuros procuram enegrecer meu caminho, enquanto na minha alma uma luz parece “gritar” que não posso desistir.
Existe um muro, que minhas mãos ajudaram a construir, no meio da estrada. Os tijolos me foram lançados como pedras, por pessoas que não acreditaram na minha escalada. Um sentimento não identificado me faz amar, sem saber a que, me faz odiar, sem saber por que. E descubro que sou apenas um homem limitado que, aprisionado pelas convenções sociais, também fui cativo do coração.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Não chega nem a ser conversa de calçada
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
A Respeito das sogras
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Crise de AMOR
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Dia dos AMIGOS
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Menino Homem
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Complexidade
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Boba moça
Rico vocabulário
terça-feira, 30 de junho de 2009
Abre-te Sésamo!
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Reflexões da insônia
quarta-feira, 20 de maio de 2009
O preço da paz
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Exemplos
Fora da Rotina
Por Joabes Guedes
“Assim caminha a humanidade”, canta alguém nos meus ouvidos. Está bem, só que não precisava ser com passos tão trôpegos, penso enquanto esbarro num transeunte e quase quebro o nariz (ou melhor, quase ele me quebra o nariz). A verdade é que ando com a cabeça nas nuvens. Sim, nas nuvens! Acredite que nesses momentos tenebrosos o melhor lugar para se por a cabeça é mesmo nas nuvens.
Louco? Não, eu não estou louco. Aliás, nunca me senti tão lúcido. Hoje descobri uma maneira de fugir desse ciclo monótono em que me encontro (desde que nasci), e não vou deixar que me trancafiem num hospício sem ao menos ter curtido um dia fora da rotina. É verdade, vivemos caminhando em círculos, fazendo sempre as mesmas coisas, repetindo velhos discursos para agradar alguém, tentando entender e até mesmo mudar o mundo. Queremos ser espelhos, onde os outros olhem e digam: veja, a vida é bela!
Ótimo, até aí tudo bem. O problema é que esquecemos de nós mesmos para viver esse modelo que a sociedade impõe (mas quem disse que eu preciso ser perfeito para ser feliz?). Puxa, eu sou um limitadíssimo ser humano, será que não posso ter o prazer de errar para aprender com minhas próprias experiências?
Eu falei em momentos tenebrosos. Exagero, talvez você diga. Nós passamos no máximo por momentos difíceis, mas tenebrosos? Engano seu, caro leitor, se pensar assim. Passar madrugadas num banco de hospital (às vezes a noite toda), para mesmo assim não ser atendido, não é uma situação desesperadora? Não é triste passar a vida toda ouvindo promessas para ao fim de quatro anos se decepcionar e, ainda assim ser obrigado a escolher mais um, entre muitos canalhas? É justo pagar contas de telefone e viagens ao exterior de toda uma classe milionária, quando nos falta dinheiro até mesmo para comprar o pão de cada manhã?
É por isso que hoje decidi começar o dia fora da rotina. Não vou me descabelar procurando soluções tão difíceis de encontrar. Não me importarei com o que os outros pensem de mim, nem com minha imagem social. Hoje eu quero andar na chuva e fazer tudo que der na telha. Quero me distrair ao ver crianças brincando, sem medo de ser chamado de ridículo. Sabe, eu quero mesmo é andar com a cabeça nas nuvens. Se todos fizessem a mesma coisa, poderia até não ser a solução, mas já seria um bom começo!