"Veja um pouco do que há em mim, deixe um pouco do há em ti"

Eu tornei a voltar-me e determinei em meu coração saber, inquirir, e buscar a sabedoria e a razão, e conhecer a loucura da impiedade e a doidice dos desvarios. (Ec 7.25)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Minha extravagante língua portuguesa

Ontem um professor me falava das variações da língua portuguesa e do uso da linguagem coloquial, e citava como exemplo a palavra corno. Segundo ele, Rui Barbosa (grande jurista brasileiro) jamais diria tal palavra. Para Rui, corno seria: indivíduo portador de dupla protuberância saliental em forma coloidal.
Foi aí que lembrei de uma boa estória (acho que virou folclore) do grande jurista:
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar um de seus patos de criação. Ele se aproximou vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
- Ahááá!!!! Bucéfalo anácrono!!!... Não o interpelo pelo valor intrínseco dos emplumados bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se você o faz por mera necessidade, transijo; mas se é para simples zomba da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-lhe-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da sua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que o reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina insignificantes partículas atômicas!!!
E o ladrão, confuso, pergunta:
- Seu Dotô... Afinal eu levo ou deixo o pato???
Pense nisso...

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